CENG promove o XVI Seminário da Engenharia, em comemoração ao Dia Mundial da Água

O Clube de Engenharia de Goiás promove nos próximos dias 12 e 13 o XVI Seminário da Engenharia comemorativo ao Dia Mundial da Água, criado pela Organização das Nações Unidas, em 2 de março de 1992, como forma de ampliar as discussões sobre o abastecimento de água do planeta. Na mesma ocasião, foi criada a Declaração Universal dos Direitos da Água (veja abaixo). O evento também comemora o Dia da Engenharia criado para homenagear a Engenharia Militar em consideração ao Tenente Coronel João Carlos de Villagran Cabrita, Comandante do 1º Batalhão de Engenharia na Guerra da Tríplice Aliança, morto em combate, e acabou englobando todos os ramos da engenharia. O evento tem entrada livre e emitirá certificado de horas para estudantes.

Palestras

Nos dois dias do evento serão proferidas as palestras: “Escassez e Suprimento de Água no Brasil e em Goiás”; “A Governança da Água e a Importância dos Comitês de Bacia Hidrográfica como Instâncias Democráticas de Gestão de Recursos Hídricos”; e “Perenização das Nascentes Urbanas”.

Responsável pela palestra Master, no dia 12, o Engenheiro Civil e Mestre em Saneamento Francisco Humberto Rodrigues da Cunha explica que os problemas de escassez de água são causados, principalmente, por eventos naturais. “Em geral, nossos maiores problemas de escassez de água decorrem da própria natureza – no ciclo hidrológico – pois as grandes secas periódicas restringem muito a disponibilidade hídrica de nossos mananciais e no caso das grandes cidades e seus entornos tipicamente ainda temos as restrições ambientais aos usos da água provocadas pela substancial poluição hídrica gerada por essas cidades e suas indústrias, dadas a elevada dispersão de lixo no meio ambiente e deficiências no tratamento de esgotos urbanos e industriais”, diz.

No dia 13, o Engenheiro e Mestre Sanitarista Ambiental Jefferson Henrique Morais falará sobre “A Governança da Água e a Importância dos Comitês de Bacia Hidrográfica como Instâncias Democráticas de Gestão de Recursos Hídricos”. O profissional chama a atenção para a necessidade de avanços na legislação brasileira a fim de atender os problemas na área ambiental, principalmente, na recuperação de rios e nascentes. “O Brasil ainda tem muito a avançar em termos de atendimento à legislação ambiental e, principalmente, na recuperação de seus rios e nascentes. É notório que os problemas de disponibilidade qualiquantitativa despertaram uma preocupação na sociedade civil quanto ao abastecimento de água e a manutenção de nossa economia, o que tem desencadeado boas iniciativas de conscientização e de recuperação/preservação dos cursos hídricos e, principalmente, das nascentes, que são elementos ambientais imprescindíveis para a produção de água”, afirma.

Com a experiência de ter contribuído para a preservação das nascentes de vários córregos em Goiânia e Aparecida de Goiânia, o Engenheiro Civil e Especialista em Sistemas Prediais, com Sustentabilidade e Manejo Racional da Água, Flávio Eduardo Rios encerrará o evento com a palestra “Perenização de Nascentes Urbanas”. Segundo o profissional, a grande causa do enfraquecimento e morte das nascentes nas cidades é a crescente impermeabilização do solo com pavimentação, calçamento etc., que impedem a infiltração da água de chuva no solo.

Flávio Rios aponta como uma das soluções, “a implantação de recargas hídricas, também conhecidas como caixas de detenção e infiltração da água da chuva no próprio lote e em área de loteamentos, possibilitando a recarga do lençol freático, que por sua vez, contribui para a perenização das nascentes urbanas”.

Declaração Universal dos Direitos da Água

1- A água faz parte do patrimônio do planeta;

2 – A água é a seiva do nosso planeta;

3 – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;

4 – O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;

5 – A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;

6 – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;

7 – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada;

8 – A utilização da água implica respeito à lei;

9 – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;

10 – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Serviço

Assunto: XVI Seminário da Engenharia comemorativo ao Dia Mundial da Água
Dias: 12 e 13 de abril
Horas: 19h30
Local: Clube de Engenharia de Goiás